quinta-feira, 10 de abril de 2014

Na ribeira do Ribeiro

Alexandre Ribeiro é músico raro. Pela beleza e generosidade de sua música, pelo conhecimento e respeito com ela, pelo esmero e precisão técnica. E claro que isso traduz muito de sua qualidade humana. Nasceu em São Simão, interior de São Paulo, e anda sempre bem acompanhado: nas melhores rodas-de-choro da cidade e envolvido em projetos com outros artistas bacanas.
Terça-feira (1/4), após um longo tempo sem prestigiá-lo, fui ao restaurante (delicioso) Tânger, na Vila Madalena. Lá estava ele com o seu clarone e seu clarinete acompanhado de três ótimos percussionistas: Felipe Roseno, Guilherme Kastrup e Samba Sam. Os sons partiam do Brasil e desembarcavam em portos (aparentemente) distantes. Ouvi povos árabes em meio a caatinga, tambores ancestrais em pleno caos urbano, melodias acompanhadas de muitos personagens. Ao final saí me perguntando se a viagem realmente cruzou fronteiras ou se tudo aquilo não era mesmo o Brasil, num álbum de retratos colorido.
A ousadia, o entrosamento e a liberdade do quarteto era tamanha, que nós, da platéia, fomos coadjuvantes eufóricos de todas as rotas. Agradeço ao amigo e produtor Alexandre Oliveira pelo convite. Salve Alê Ribeiro, Gui, Sam e Felipinho!
O projeto segue às terças com novidades a cada edição.
Assista ao vídeo e procure saber mais sobre Alexandre Ribeiro.
http://m.youtube.com/watch?v=RLdIBM6isig

Um comentário:

  1. De gente com a sensibilidade da Fabiana Cozza é que eu ando sentindo falta.
    Fabiana, agradeço pelo grande Alê e, mais que isso, agradeço pela música.
    Um texto assim desperta a curiosidade da gente. Dá pena de não ter visto e muita vontade de ver o próximo som.
    Musicalmente grato.

    Alexandre Ribeiro, parabéns pela Boa Música que vocês fizeram. Só com muita qualidade e verdade na música pra inspirar um texto tão legal.
    Segue o Som.
    Grande abraço.

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